Tuesday, November 20, 2007

Parques e mais Parques...

Em Fevereiro deste ano José Sá Fernandes disse que a Bragaparques devia ser investigada. Argumentou ter sido alvo de uma tentativa de corrupção por parte do Administrador da empresa Domingos Nevoa e que era bem possivel que outras tivessem havido no historial da Bragaparques.
No entanto a Bragaparques não é a única entidade na cidade de Lisboa dedicada à exploração de Parques de estacionamento com transações de compra de terrenos municipais ou particulares. A Gisparques, do grupo Emparque também transaciona no mesmo mercado. Em Lisboa estas duas empresas dividem os lucros de ocupação de espaços deixados por edificios demolidos, desconhecendo-se a razão pela qual esses mesmos edificios tivessem sido deitados abaixo.
No entanto após o edificio demolido e ainda dentro das paredes do que antes teria sido o rés-do-chão são levantadas as grades de um parque de estacionamento. A Camara Municipal não recorre a processos de preenchimento desses espaços através de concurso público com exigencias de que esse espaço seja novamente preencido. Se olharmos com mais atenção descobrimos que em Lisboa estes “descampados” estão espalhados por todo o lado sem previsões de virem a ser edificados.
A Policia Judiciaria desde Fevereiro investiga o caso da novela Feira Popular/Parque Mayer mas ainda não conseguiu apurar o que para a maior parte das pessoas foi uma óbvia manipulação de circuntancias de modo a permitir à Bragaparques o favorecimento para aquisição dos dois maiores espaços lisboetas sem plano urbanistico. Basta fazer uma pesquisa no google por bragaparques que os artigos são às centenas e todos eles tocam o assunto.
A arquitecta Helena Roseta prometeu a publicação das contas da autarquia, mas como qualquer politico dentro do gabinete, está contente com o salário e não parece incomodada em chatear ninguém.
Em campanha eleitoral andou nas ruas, a mostrar os maus acessos. O quanto era preciso fazer algo urgente pelos acessos. Há poucas semanas atrás, na acção promovida em solidariedade com as vitimas do atropelamento no Terreiro do Paço não levantou o rabinho da cadeira. Já o Ruben de Carvalho tinha estado nas obras do Terreiro do Paço em campanha eleitoral a fazer barulho sobre o andamento da obra. Também ele não apareceu em solidariedade com as vítimas deste atropelamento. É o problema com os politicos deste país. Quando sentam o rabo na cadeira respiram da canseira da campanha eleitoral.
Mais recentemente ainda José Sá Fernandes voltou à carga e apresentou em sessão da Camara Municipal de Lisboa uma proposta para clarificar os negocios entre a Bragaparques e CML. Proposta que foi recusada vejam bem pelos comunistas, PSD (claro), mas o grande choque foi ver a proposta recusada pelos independentes “cidadãos por Lisboa”. É preciso dizer que em campanha eleitoral o Lobo se pode vestir de cordeiro.

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